É um twitter? É um tiktok? É um blog!
Desde que comecei a diminuir o meu uso de redes sociais, percebi que o que me incomoda não é ter um perfil online, mas como ele funciona. Então, conheci o Movimento Anti-Algoritmo, que é basicamente não abrir mão da internet, mas ocupá-la de outros modos, ou seja, redefinir a sua relação com a internet.
Por exemplo, projetei esse site para o melhor funcionamento dele ser no desktop ao invés do celular, o que força a fazer as postagens só em casa ao invés de em tempo real; projetei também sem data indicando se as minhas postagens são antigas ou novas ou há quanto tempo não dou as caras;, sem seção de comentários; e, principalmente, diferente das redes sociais, um blog não tem timeline. As minhas postagens não vão navegar para mais longe do que eu esperava ou vou saber quem concorda comigo ou não. É realmente um espaço para mim mesma e, quem parar aqui, será por puro acaso ou porque eu mandei diretamente. Até porque é diferente uma rede social com público-alvo, projetada para o que você fizer precisar delimitar para quem é, de um site projetado sem essa finalidade. Eu não tenho números aqui, eu não sei quem viu, tampouco quem gostou ou não e o que achou, porque o design das redes sociais que te mostram essas estatísticas são para enxergar a sua vida pessoal como uma página comercial. E eu não queria isso.
Além de repensar os modos de usar a internet, o Movimento Anti-Algoritmo também repensa a nossa dependência em dispositivos e aplicativos, incentivando o uso de dispostivos analógicos. Por que usar MP4 para evitar o Spotify, por exemplo? Porque estamos em uma era de aluguel virtual, portanto, pagamos para ter acesso ao que a internet nos deu de graça como acesso a cultura.
Claro, isso não muda nada em grande escala, mas de modo pessoal, é muito prazeroso.
- P.